[Vício em videogames] Não existe mais GAME OVER!
Vítimas de dependência tecnológica são cada vez mais jovens
Tudo começa de uma forma despretensiosa e vista até mesmo como inofensiva. O vício em videogames por indivíduos cada vez mais jovens (inclusive crianças) tem chamado atenção. Esse vício já foi até classificado como doença da área da saúde mental pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ano passado (CID-11).
Diferente dos jogos de umas décadas atrás, os jogos de hoje não têm mais Game Over. Os usuários são atraídos para uma obsessão em evoluir cada vez mais de nível. Isso exige cada vez mais horas dedicadas ao jogo. Os mais jovens ainda são expostos e influenciados pela avaliação social. Eles não podem simplesmente abandonar seu time e deixar seus parceiros na mão. Pelo menos não sem sofrer pressões diretas e indiretas.
OBESIDADE
A perda de interesse por esportes e atividades ao ar livre e as excessivas horas dedicadas ao jogo acabam causando o sedentarismo.
A ansiedade gerada, seja pelo time ou pelos desafios do próprio jogo, incitam a ingestão de guloseimas por impulso. O aumento de peso muitas vezes é inevitável e preocupante.
COMUNICAÇÃO
A falta de convívio social e saber se comunicar e obter as coisas que necessitam na vida “real” causam preocupação. Esses jovens se sentem incapazes de reduzir as horas de jogo ou parar de jogar. Podendo assim comprometer a educação, desempenho físico e social.
PAIS
Com a rotina cada vez mais atribulada, os pais acabam deixando o jovem ficar no jogo e acabam perdendo o controle da situação. Nesse momento, entra o psicólogo para ajudar esses pais e tutores lidarem com a situação e tomarem as rédeas impondo limites.
EQUILÍBRIO
A grande pergunta é: quanto seria o correto ou adequado jogar?
Não se trata de dizer para esses jovens não jogarem mais, mas sim estabelecer regras e horários para isso.
O jogo também tem seu lado bom: ajuda no desenvolvimento do pensamento estratégico, raciocínio lógico e aprimoramento de línguas estrangeiras. Esses jovens muitas vezes negociam itens do jogo e criam muitas vezes equipes globais.
O ideal é que o jogo venha depois que todas obrigações tenham sido cumpridas. Se estudou, se dormiu, se alimentou, se teve o cuidado com a higiene aí sim pode aproveitar o tempo que sobrou para jogar. Vale ressaltar que sempre com supervisão e nunca excedendo prazos muito longos.
Uma vida equilibrada tanto para o jovem quanto para os pais (enquanto família) é capaz de resgatar valores e rotinas saudáveis, tendo um tempo de qualidade destinado para a família e estreitando cada vez mais os laços.
Tudo isso pode ser trabalhado, por isso convido você, pai ou mãe, para que venha ao meu consultório conversar melhor sobre como resolver esses problemas com regras e limites.